#.236 A beleza escondida nas negociações: como comprar e vender um imóvel revela e fortalece nossas virtudes.

É impressionante como, no meu dia a dia, a vida me ensina — de forma simples e, muitas vezes, profunda — sobre como me relacionar comigo mesma e com o outro, especialmente nas negociações de compra e venda de imóveis.

Aprendi que, no centro de tudo, está a escuta genuína, 

feita com empatia, respeito e desapego.

Antes de qualquer coisa, preciso me esvaziar de julgamentos e expectativas, 

para então acolher, com verdade, 

as necessidades de quem está de cada lado da negociação.

Afinal, um imóvel não é só uma transação material. É o espaço onde uma nova fase da vida começa. É onde uma família vai construir memórias, celebrar conquistas, enfrentar desafios e viver sua própria história.

Do lado de quem vende, sempre existem razões que vão muito além do simples ato de vender. Por que estão se despedindo daquela casa? Para onde desejam ir? O que esse novo ciclo representa para essa família? Como posso ajudá-los a encontrar um novo lar que acolha esse recomeço?

Do lado de quem compra, é fundamental ouvir não só os desejos materiais, mas também os sonhos, as expectativas, os projetos de vida que aquela casa precisa abraçar.

E do meu lado, como Corretora de Imóveis Humanizada, eu abraço o papel de guiar uma negociação que, muitas vezes, envolve milhões de reais — mas, acima de tudo, envolve sonhos, histórias, vidas.
É minha responsabilidade, em meio a um universo de possibilidades, encontrar aquele único imóvel que faz sentido. Aquele que se transforma, de fato, em lar — um espaço para acolher afetos, experiências, crescimento e amor.

Em paralelo, tenho o dever de assegurar que todo o processo seja conduzido com segurança, clareza e justiça para ambas as partes.

Cuidar dos direitos e deveres de quem vende e de quem compra é essencial. O vendedor tem o direito de receber o valor justo e o dever de entregar o imóvel com total transparência e integridade. O comprador tem o direito de receber aquilo que foi prometido e acordado, e o dever de honrar os compromissos assumidos no contrato.

No fim das contas, conviver é uma arte. Uma arte que, muitas vezes, se revela cheia de desafios, mas também de beleza, de aprendizado e de encontros significativos.

Cada negociação traz espelhos e contrastes. Nos convida a exercitar o respeito, a empatia, os limites saudáveis, a generosidade e, muitas vezes, a paciência.

A vida é sábia......
Coloca em nosso caminho exatamente as pessoas, as situações e os desafios
 que carregam os aprendizados que nossa alma precisa naquele momento.

E é incrível perceber como, quando nossa busca é verdadeira e está alinhada com nosso propósito, a vida responde com sincronicidades que parecem mágicas — mas que, na verdade,
são sinais de que estamos no caminho certo:
o caminho do servir, do crescer e do viver com sentido.

“No momento em que nos comprometemos definitivamente, a providência também se move. Todo tipo de coisa acontece para nos ajudar, coisas que, de outro modo, nunca teriam ocorrido. Uma corrente de acontecimentos emana da decisão, fazendo surgir, a nosso favor, toda espécie de encontros, incidentes e assistência material imprevista, que ninguém poderia ter sonhado que surgiria.”

“O que quer que você possa fazer, ou sonha que pode, comece.

A ousadia tem em si genialidade, poder e magia.”

Goethe