#.228 Minha Biografia
"Minha história começa entre os tatames da cultura japonesa, onde a voz da minha batian ecoava como a única lei.
Cercada por dez crianças obedientes, fui a única que ousou dizer 'não'. Não por rebeldia vazia, mas porque já ali, na menina de alma inquieta, se manifestava
o arquétipo da individualidade — aquela força que diz: ‘Eu sou’.
Enquanto o mundo ao redor se ajustava, algo em mim se erguia com firmeza silenciosa.
Aos 17 anos, escutei o chamado da coragem.
Deixei Andradina levando duas crenças tatuadas na alma:
‘Quero o que a vida quer me dar — e mais!’
e
‘Se mil moscas comem bosta, isso não me serve.’
Essa recusa de me adaptar ao medíocre não era arrogância: era o eco da integridade do meu ser mítico, que já sabia que o comum não bastava.
Com 18 anos, vivi meu primeiro rito de passagem rumo à liberdade.
Passei em engenharia na UNICAMP e conquistei um trabalho noturno.
Peguei o telefone, liguei para meu pai e disse com amor e firmeza:
'Pai, a partir de hoje, o senhor não precisa mais me sustentar. Eu assumo meu caminho.'
Ali, nasceu a mulher que cuida de si — que honra os pais não com dependência, mas com dignidade.
Aos 22 anos, despertei o arquétipo da ação consciente.
Escolhi estagiar na SIBER, uma empresa pequena, porque ali eu poderia aprender com profundidade. Não queria ser mais uma engrenagem numa máquina — queria entender como se constrói, como se cria, como se lidera. Eu já intuía que reagir era pouco para a alma que ansiava por criar o novo.
"Aos 23 anos, atendi ao chamado da pioneira tecnológica.
Empreendemos com a Computer House, iniciando com o Computador Pessoal Nacional. Logo depois, tornamo-nos o primeiro atacadista de microcomputadores do estado de São Paulo. Era o arquétipo da inovadora que ganhava forma — aquela que enxerga o futuro onde outros ainda veem dúvida.
Aos 33, o destino me entregou o campo fértil para florescer o arquétipo da empreendedora visionária.
No De Marchi, onde plantavam e congelavam morangos, vislumbrei algo que ainda não existia: uma polpa cozida, desenvolvida com ciência e alma. Vendi a ideia, criei no laboratório, levei à fábrica, e o que era semente virou tonelada.
Aos 35 anos, a Computer House se transformou na Qualid Informática. Junto com a Bematech, co-criamos a impressora fiscal — um divisor de águas.
Nascia ali o arquétipo da empreendedora que inova de forma disruptiva.
Aos 37 anos, um novo arquétipo se apresentou: a guardadora da terra. Adquirimos uma fazenda em Águas Claras-MS, e ali, ao levantar uma bosta e enxergar vida brotando — sementinhas germinando em solo degradado — vi o milagre da regeneração. Ali compreendi: onde há vida, há possibilidade. Implantamos o sistema Voisin, e aquela terra, antes esquecida, floresceu. Hoje vale R$10 milhões.
Aos 44 anos, uma nova expressão do feminino criador se manifestou: fundei a Bem Querer Presentes Finos. Criávamos Pot-pourris — fragrâncias que embalam memórias. A marca cresceu e expôs por três vezes na Gift Fair. Era o arquétipo da artesã do belo — que une sensibilidade à prosperidade.
Aos 50 anos, nasceu a Márcia Imóveis, que, com a entrada do meu filho, se tornou JAZZ Imobiliária. Chegamos a ter 100 corretores e um faturamento expressivo. No entanto, com o tempo, o conflito na gestão entre mãe e filho mostrou a sombra do arquétipo da líder solitária. Decidi sair, e ali compreendi que liderar exige mais do que força — exige harmonia, escuta e humildade.
Aos 66, fui abençoada com a guiança espiritual de Dayane Dias. Evoluí como se duas vidas tivessem se condensado em poucos anos. Pela primeira vez, enxerguei o quanto havia liderado invadindo espaços, impondo ritmos e construindo no suor solitário. Resgatei, então, os arquétipos do sábio e da sacerdotisa — e com eles, vieram as virtudes: respeito e autorrespeito, colaboração em vez de competição, escuta profunda em vez de imposição, presença no real em vez de ilusão. Redescobri a oração, a solitude e o encantamento de ser um pouquinho melhor a cada dia."
Também aos 66, nasceu a unidade piloto da Zullen — Espaço da Inteligência Emocional, embasado na antroposofia e na pedagogia de Rudolf Steiner. Três anos depois, a franqueada havia evoluído profundamente. Seu rendimento multiplicou-se por quatro. Ali se revelou o arquétipo da educadora de consciências.
Hoje, aos 69 anos, sou uma Corretora de Imóveis Humanizada de Alto Padrão. Pratico o Ser-Vir diariamente, com foco no ser humano.
Resgato, passo a passo, as virtudes que dignificam o viver.
Criei com orgulho o método VENDAS 4D, expressão do arquétipo da orquestradora de saberes.
Minha vida não foi feita apenas de marcos e datas.
Foi e é a manifestação contínua de uma alma em travessia.
Uma jornada onde cada fase revela um novo arquétipo, uma nova face do ser mítico que habita em mim — e que habita em todos nós."
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