#.305 Você fala a linguagem da conexão… da dominação, do consentimento ou da dominação? (2/6)
🌱 Como descobrir qual linguagem domina sua vida
Talvez você já tenha ouvido falar da Comunicação Não Violenta (CNV), mas ainda não tenha percebido o quanto a linguagem da dominação habita o seu cotidiano.
Ela se disfarça de eficiência, disciplina ou “jeito prático de resolver as coisas”, mas, na verdade, sabota relações, esgota energia e bloqueia a criatividade.
Perceber isso é um ato de coragem.
Porque olhar para a linguagem que usamos é, antes de tudo, olhar para o tipo de energia que movimenta nossas escolhas.
Para começar, observe sua fala e seus pensamentos durante o dia:
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Você se julga com facilidade? (“Fui burro”, “Não presto para isso”)
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Critica os outros quando algo não sai como esperado?
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Sente que precisa estar sempre certo, ou que errar é inaceitável?
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Costuma exigir em vez de pedir?
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Ou sente medo de se expressar e ser punido por isso?
Esses são sinais claros da linguagem da dominação, em que a vida é um jogo de culpa e recompensa.
É um mundo que separa — e, por isso, nos adoece.
Mas existe outra forma, ainda mais silenciosa, que também aprisiona: a linguagem do consentimento.
Ela aparece quando vemos o que nos fere, mas escolhemos nos calar.
Quando aceitamos o inaceitável para evitar conflito, quando sorrimos por fora e adoecemos por dentro.
É a voz de quem vai se adaptando a pequenas dores diárias, até perder o brilho — como o sapo que morre na panela, sem perceber o aumento do calor.
Essa linguagem gera apatia, depressão e uma vida sem propósito.
E então surge a terceira via: a linguagem da conexão.
Ela nos ensina a substituir o julgamento pela curiosidade, o silêncio pelo diálogo e o medo pela presença.
Em vez de “o outro está errado”, pensamos:
👉 “O que ele está precisando agora?”
👉 “Qual necessidade não está sendo atendida — a dele ou a minha?”
Essa simples mudança de olhar é revolucionária.
Transforma conflitos em pontes, culpa em responsabilidade e medo em confiança.
Quando reconhecemos nossas próprias necessidades e aprendemos a escutar as do outro, reencontramos o sentido da palavra humanidade.
E só então podemos criar relações autênticas, produtivas e com alma — seja em casa, no trabalho ou nas negociações da vida.
✨ No próximo texto, vou compartilhar exercícios práticos para desenvolver a escuta empática e transformar o modo como você se comunica — inclusive no mundo profissional.
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